Orquestras Sinfônicas e Coral Lírico executam clássicos de Tchaikovski, em Belo Horizonte/MG

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Obras do compositor russo como ‘O Lago dos Cisnes’ e ‘O Quebra-Nozes’ serão apresentadas

“Você pergunta se eu conheci outro amor que não o platônico. Sim e não. Se a questão me tivesse sido colocada de outra forma: ‘Você experimentou a felicidade de um amor completo?’. Minha resposta seria: ‘Não, não e não!’. Mas pergunte-me se sou capaz de compreender a força imensa do amor, e eu lhe direi: ‘Sim, sim e sim!’”.

Esse trecho do diário de Ilitch Tchaikovski (1840-1893) dá a medida do temperamento do compositor russo, cuja obra será tema da apresentação que a Orquestra Sinfônica do Estado de Minas Gerais, o Coral Lírico e a Sinfônica da Polícia Militar realizam nesta quarta (18).

Por isso mesmo, o maestro Silvio Viegas elege a palavra “emotividade” como definidora do processo criativo de Tchaikovski, que durante toda a existência conviveu com suspeitas que ainda perduram de uma homossexualidade reprimida.

“A busca pela dramatização é muito presente nas peças de Tchaikovski. Esse caráter emocional é perceptível por meio de uma escrita orquestral poderosa e de melodias geniais”, elogia Viegas.

As próprias origens de Tchaikovski teriam contribuído para o estilo, já que “o folclore influencia a produção orquestral russa”. “Toda música popular, em geral, fala ao coração”, sublinha.

Para o programa da noite, Viegas selecionou as aberturas da shakespeariana tragédia “Romeu e Julieta” e da belicosa “1812”, que exalta a vitória russa sobre as tropas napoleônicas; além das suítes dos balés “O Lago dos Cisnes” e “O Quebra-Nozes”, dois clássicos da dramaturgia mundial.

As opções passaram por aspectos subjetivos e práticos. “Escolhemos em função da beleza dessas obras, que são agradáveis ao público e exigentes para a orquestra; elas contemplam quem ouve e quem toca”, afirma o regente. “Também entramos em um acordo com a Sinfônica da Polícia Militar, que tem um calendário intenso, sobre quais peças eles teriam tempo hábil de ensaiar e tocar conosco”, completa.

Viegas, que define as peças como “atemporais”, se lembra da primeira vez em que ouviu Tchaikovski, aos 10 anos. A música era “Concerto para Piano Nº 1”. “Não existe concerto para piano mais impressionante”, diz.

Serviço:
Concerto Tchaikovski, nesta quarta (18), às 20h30, no Palácio das Artes 
(av. Afonso Pena, 1.537, centro, Belo Horizonte/MG).

Fonte: O Tempo

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