Dirigida por Felipe Prazeres, Johann Sebastian Rio homenageia repertório do lendário grupo de Kurt Cobain nesta quinta-feira
Morto há 25 anos, o cantor, compositor e guitarrista americano Kurt Cobain ganha tributo da orquestra de câmara Johann Sebastian Rio (JSR) nesta quinta-feira (18/4), no Vivo Rio. Maior expoente do movimento que ficou conhecido como grunge, o Nirvana surgiu no final dos anos 1980 e conquistou uma legião de fãs adolescentes em todo o mundo, que se identificavam com as letras ácidas sobre solidão, os explosivos riffs simples de guitarra e os berros contagiantes de seu líder.
— É uma banda que fez história, que conta a trajetória de uma geração, apesar de eu nunca ter sido um fã de carteirinha do Nirvana. Mas entendo e respeito a importância dessa música para o público, independente do estilo. A gente fez a Amy Winehouse também, e os fãs relembraram esse momento — conta o violinista Felipe Prazeres, diretor artístico da companhia, que conta com 16 músicos.
Sem cantor — as melodias serão emuladas pelos instrumentos do coletivo —, a JSR será acompanhada por bateria, guitarra e baixo, todos tocados por instrumentistas do próprio coletivo. Os arranjos são de Ivan Zandonande, violista do grupo.
— A voz do Cobain estará nos naipes e na garganta da galera. O convite para cantar é desde o início. É uma releitura para nossa formação, com um formato quase barroco. Teremos um cravo no palco, acho que vai ser a primeira vez que muita gente escuta e vê esse instrumento, que anda tão esquecido — especula.
O músico, que também é spalla da Orquestra Petrobras Sinfônica e da Orquestra Sinfônica da UFRJ, garante que as atividades são complementares:
— O fato de tocar violino primeiro e logo depois exercer o cargo de spalla me aproxima muito do cargo de regente. São funções próximas de liderança, o que ajuda ainda mais da tarefa de diretor.
O flerte com o popular vem na esteira de iniciativas como a da Opes, que já realizou concertos em tributo a Michael Jackson e Los Hermanos, entre outros.
— A orquestra é um organismo que pode tocar rock, pop e até pagode. É um organismo dinâmico e aberto. A gente, que se dedica à música de concerto, sempre pensa em trazer esse público. É uma troca — afirma Prazeres, que preferia outras bandas de rock na adolescência. — Eu curtia um rock mais antigo, como Dire Straits, Scorpions e Led Zeppelin.
Onde: Vivo Rio. Av. Infante Dom Henrique 85, Aterro do Flamengo. Quando: Qui, às 21h. Quanto: De R$ 100 a R$ 250. Classificação: 18 anos.
Fonte: O Globo