Uma orquestra com juventude e experiência faz sucesso e nova apresentação

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A Filarmônica Jazz, do Senai, acaba de completar um ano e se apresenta no Festival de Inverno de Iperó

Apadrinhada pelo consagrado pianista e maestro João Carlos Martins, a Orquestra Filarmônica Jazz, do Senai Sorocaba, comemorou seu primeiro ano de atividades com um concerto beneficente no Teatro Municipal Teotônio Vilela (TMTV). Os ingressos, que foram trocados na bilheteria por litros de leite destinados ao Fundo Social de Solidariedade, esgotaram-se com uma semana de antecedência, mas quem não conseguiu assistir terá uma nova oportunidade neste sábado (27), desta vez no Festival de Inverno de Iperó.

Composta por 88 músicos voluntários da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), a orquestra mantida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) é fruto de uma trajetória que une a tradição musical com a busca por novos desafios. É que a Filarmônica Jazz nasceu do desdobramento da Banda Marcial Senai Sorocaba, fundada em 2011 e que em 15 anos de atuação abrigou mais de quatro mil alunos e realizou mais de 400 apresentações, conquistando diversos prêmios. Anterior ainda à banda marcial, a corporação musical teve como origem a fanfarra marcial, instalada em 2004, a princípio com instrumentos usados e seminovos vindos de outras unidades da rede e, em seguida, com aquisição de novos instrumentos por meio de recursos da iniciativa privada por meio da Lei.

De acordo com o maestro Vitor Canassa, 41 anos, a Filarmônica Jazz é uma orquestra em formação e acolhe em suas fileiras desde instrumentistas profissionais experientes até jovens que ainda estão iniciando a prática musical. Ele classifica a abordagem da orquestra como “inovadora”, pois subverte a metodologia tradicional, na qual os músicos tendem a passar longo período de estudos com o instrumento até estarem aptos a integrar o corpo musical. “O projeto segue o lema da instituição que é ‘fazendo para aprender’ e todo mundo contribui com o que sabe. A gente faz o processo inverso que é o de colocar a pessoa para dentro da orquestra para vivenciar a música, independentemente do nível”, explica.

Apoio

Apesar de todo apoio do Senai, como a oferta de espaço para ensaios e transporte para apresentações, o regente destaca que empresas da iniciativa privada também podem ajudar, por meio de doações e patrocínios, a exemplo das filarmônicas dos Estados Unidos e de países da Europa. Vitor Canassa detalha que a orquestra surgiu simultaneamente ao Projeto Orquestrando SP, do renomado pianista e maestro João Carlos Martins, que é o padrinho do grupo. O músico paulistano, mundialmente destacado como um dos melhores intérpretes de Bach de toda a história, teve sua biografia contada no cinema no long “João, o maestro”, lançado em 2017. “Ele eventualmente aparece nos nossos ensaios. Ensina, auxilia, critica. É um grande maestro e a nossa linha tem agradado muito a ele”, afirma o maestro.

Apesar do seu nome, o regente diz que o repertório da filarmônica não se limita ao jazz. Segundo ele, a nomenclatura foi mudada para dar mais abrangência à orquestra, que tem como diferencial o naipe de saxofone e transita livremente entre clássico e o contemporâneo e o erudito ao popular. “Não tinha nenhuma corporação na região que abria linha para um repertório tão eclético”, comenta. A versatilidade da orquestra, celebrada no concerto de ontem, no TMTV, será reprisada amanhã, no Festival de Inverno de Iperó, tem programa variado que inclui o movimento “Primavera”, de “As quatro estações” de Vivaldi ao o tema de “Indiana Jones” passando pelo forró de “Eu só quero um xodó”, de Dominguinhos.

Fonte: Cruzeiro do Sul

 

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