Nesta semana, a Orquestra Sinfônica do Recife garante programação gratuita e aberta ao público para os grandes apreciadores da música erudita – e também para os pequenos. Amanhã (17), às 20h, tem concerto oficial da temporada 2019, no Teatro de Santa Isabel, com obras de Johannes Brahms e do regente, Marlos Nobre, na programação. Nesta terça-feira (16), os músicos receberam crianças e adolescentes para apresentar composições eruditas e para conversar sobre instrumentos, sonoridades e compositores célebres.
Hoje (16), a apresentação aconteceu pela manhã com o objetivo de formar público para a música erudita. O concerto aula, idealizado pelo maestro Marlos Nobre, faz parte da programação do projeto Concertos para Juventude.
Para o concerto da quarta-feira, a Orquestra ensaiou duas peças. A primeira delas será “Convergências”, composta por Marlos Nobre em 1977, por encomenda do 1º Festival Latino-Americano de Música Contemporânea de Maracaibo, na Venezuela. A estreia mundial ocorreu no concerto inaugural deste evento, com a composição sendo interpretada pela Orquestra Sinfônica da Maracaibo, sob a regência de Eduardo Rahn.
“Ela foi escrita como um movimento sinfônico sem interrupção. Começa sombriamente nos graves da orquestra e, pouco a pouco, atinge o seu primeiro paroxismo em ‘fortíssimo’ rítmico de toda a orquestra, com um constante diálogo contrastante entre os grupos de cordas, metais, madeiras e percussão”, explica Nobre.
“Convergências” é uma das peças sinfônicas mais populares de Marlos Nobre. Já foi registrada em CD por gravadoras dos Estados Unidos e da Europa. Em 1994, por exemplo, o selo suíço Lemán Classics levou ao mercado internacional gravação conduzida pela Orquestra Musica Nova Philharmonia de Londres, tendo o próprio compositor como maestro.
Será apresentada ainda no concerto de quarta a Sinfonia nº 4, do compositor alemão Johannes Brahms (1833-1897), em Mi Menor Opus 9. A peça é dividida em quatro movimentos: “Allegro non troppo”, “Andante Moderato”, “Allegro giocoso” e “Allegro enérgico e passionato”.
Os dois primeiros movimentos foram escritos no verão de 1884 e os dois últimos na mesma estação do ano seguinte. “Nesta última sinfonia, a mente de Brahms direciona sua fonte principal de inspiração nas formas do passado mais remoto da música alemã. Ele encontrou nas formas pré-clássicas germânicas uma nova e revigorante fonte de renovação e de enriquecimento de sua própria linguagem musical”, ressalta o maestro.
Os ingressos começam a ser distribuídos na bilheteria do teatro uma hora antes da apresentação, oferecida pela Secretaria de Cultura e pela Fundação de Cultura Cidade do Recife, para celebrar a diversidade e a qualidade da oferta musical recifense.
Fonte: Diário de Pernambuco