Orquestra Sinfônica de Rio Preto completa 80 anos de existência

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Há exatos 80 anos, o Cine Teatro Rio Preto era palco do concerto de estreia da Orquestra Sinfônica de São José do Rio Preto (OSSJRP). Naquele dia 12 de janeiro de 1942, o teatro estava lotado porque a apresentação tinha um significado especial: “Em plena 2ª Guerra Mundial, músicos e comunidade se uniram e se organizaram para criar uma orquestra sinfônica em uma cidade do interior do Brasil, distante das capitais”, conta o maestro titular, Gilmar de Assis. “Se até hoje isso seria um grande feito, imagina naquele tempo?”, questiona, com orgulho.

O maestro Assis, que ingressou em 1996, explica que ainda hoje são raras as cidades que possuem uma orquestra sinfônica, devido à complexidade e alto custo de manutenção, entre outros fatores. Atualmente, a OSSJRP é uma instituição sem fins lucrativos e está desde 2010 sem receber recursos financeiros do município. “Nesse período, conseguimos apoio da iniciativa privada, de pessoas físicas e de outras prefeituras, além de termos sido premiados no Proac ICMS, em 2019”, diz.

Segundo Assis, orquestras privadas têm um custo aproximado de 10% do custo anual da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, estimado em mais de R$ 100 milhões. “Nosso maior desafio é sensibilizar o poder público, empresários e demais cidadãos da importância de apoiar a continuidade do trabalho da OSSJRP”, diz. “No fim do ano passado, tivemos reunião com o vice prefeito Orlando Bolçone, que prometeu apoio em 2022. Estamos aguardando”, destaca.

Mesmo sem muito recurso, a orquestra fará uma temporada em comemoração aos 80 anos, com início previsto para março. “Já temos a participação confirmada de importantes músicos do cenário nacional e internacional, inclusive dois músicos que iniciaram carreira na OSSJRP e hoje são Phds em música fora do Brasil”, comemora.

Dentre os destaques, Assis cita o muiti instrumentista e professor da Universidade da Flórida, Welson Tremura, que fez parte da Orquestra Sinfônica de Rio Preto no início da década de 1980.

Outro importante nome que confirmou presença é Rafael Hiroshi Fuchigami, que iniciou a carreira de músico profissional na Orquestra Sinfônica e hoje é Professor da Universidade de Tóquio. “Temos muitos outros exemplos de músicos que iniciaram carreira na OSSJRP e hoje são destaques em outras cidades”, diz. Também está confirmada a presença do maestro italiano Cláudio Colmanet, que atualmente trabalha em diversas cidades da região do Vêneto.

Atualmente, a orquestra tem 50 músicos envolvidos diretamente, além de três profissionais da parte técnica. “A expectativa para 2022 é realizar, no mínimo, 10 concertos. “Nosso último trabalho foi pela Prefeitura de Viradouro. Então, receber incentivo financeiro de outras cidades mostra que temos um trabalho de qualidade”, diz. Quem quiser colaborar, pode entrar em contato pelo email orquestrasinfonicasjrp@gmail.com.

Fonte: Diário da Região

 

 

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