Showcerto ABC do Dó, Ré, Mi foi criado pela Orquestra Sinfônica de Piracicaba e conta com recursos da Secretaria Municipal de Educação
A OSP (Orquestra Sinfônica de Piracicaba) e a Secretaria Municipal de Educação ampliarão em 40% o número de crianças contempladas com o ABC do Dó, Ré, Mi, projeto de inclusões social e cultural de crianças e adolescentes no universo da música clássica. O aumento de público acontece por causa da transferência das sessões para o Teatro Municipal Dr. Losso Netto. A estreia acontece em 26 de abril. Ainda este mês, no dia 24, ocorre a retomada do projeto Música nas Escolas.
Em 2018, o projeto ABC do Dó, Ré, Mi atendeu 5.000 crianças. Aproximadamente 7.000 estudantes assistirão às apresentações em 2019. A montagem reúne 18 instrumentistas, o ator Romualdo Sarcedo e o instrumentista Luis Fernando Dutra, intérprete do maestro. Por meio da fusão entre música, humor e teatro, os estudantes ouvem músicas do repertório infantil, aprendem sobre o papel de um maestro na orquestra e conhecem as famílias dos instrumentos.
Até o ano passado, o ABC do Dó, Ré, Mi teve duas sessões mensais no Teatro Erotídes de Campos, com 400 lugares por concerto, e contemplou aproximadamente 15 mil alunos, de 2016 a dezembro de 2018, com o apoio da SemacTur (Secretaria Municipal da Ação Cultural e Turismo). Já o Teatro Dr. Losso Netto comporta até 600 pessoas por espetáculo. Os showcertos (mescla de show com concerto) são realizados sempre na quarta sexta-feira de cada mês, entre abril e novembro, às 8h30 e 10h.
A concepção do projeto é do maestro Jamil Maluf, diretor artístico e regente titular da OSP. “É de pequeno que se formam bons hábitos. A nossa preocupação está na democratização do acesso à cultura. Ninguém gosta de algo que não conhece e, ao conhecer uma orquestra de perto, as crianças percebem o quão agradável é a música clássica”, diz o maestro.
A encenação tem como objetivo que as crianças absorvam conceitos importantes para seu aprendizado e que sejam despertados disciplina e responsabilidade, trabalho em equipe e atribuições individuais. “É um guia de instrução musical democrático e divertido, que fala a língua das crianças. Elas aprendem rindo e sem esforço. Outra grande contribuição é na formação de plateias na cidade”, avalia a secretária Angela Jorge Corrêa.
NAS ESCOLAS – Em formato intimista, em que os músicos percorrem as unidades educacionais do município, o projeto Música nas Escolas também tem sua retomada em abril, no dia 24. Nele, quartetos de metais, madeiras e cordas visitam 21 escolas, onde acontecem duas apresentações. A estimativa para o ano de 2019 é de 1.330 crianças, até o mês de novembro.
No Música nas Escolas, que nasceu no ano de 2015, os instrumentistas fazem uma demonstração prática sobre os instrumentos. Temas infantis e do cinema são apresentados, e composições célebres da música erudita. Há espaço para perguntas das crianças, que, ao final, podem ver os instrumentos de perto e tocá-los.
Além do ABC do Dó, Ré, Mi e do Música nas Escolas, a OSP criou em 2017 o projeto Pequena Grande Orquestra, oferecido nas escolas Professora Olivia Capranico, no Mário Dedini, e Francisco Corrêa, no Jardim São Paulo. São 72 crianças, entre 7 e 11 anos, que frequentam aulas semanais de violino, ministradas pelo professor e instrumentista da OSP, Dênis Usov. Neste caso, os recursos também são provenientes do patrocínio da Caterpillar, Comgás, Hyundai e Oji Papéis Especiais, via Lei Rouanet.
Do início da sua realização, em 2015, até dezembro do ano passado, a estimativa é que 21 mil crianças da rede municipal de ensino tenham sido contempladas com os três projetos didáticos e sociais.
Reconhecida por leis municipal e estadual como entidade de utilidade pública sem fins lucrativos, a OSP completou 119 anos. Desde março, desenvolve a temporada de concertos, sempre uma vez por mês e com entrada gratuita, no Teatro Dr. Losso Netto. Em abril, a apresentação ocorre no dia 27, às 17h30 e 20h, com solo ao violino de Cláudio Micheletti e regência do maestro convidado Thiago Tavares.
Fonte: Portal Terra