Orquestra de Indaiatuba (SP) é referência cultural integrada à cidade

Google+ Pinterest LinkedIn Tumblr +

Mesmo em meio à pandemia da covid-19, a Orquestra Sinfônica de Indaiatuba (SP) mantém participação ativa na vida da cidade, com apresentações virtuais, manutenção de uma escola de música e da Orquestra Jovem. Uma presença que ajuda a fazer do município também uma referência cultural.

Em novembro, essa atuação ampla foi reconhecida com o primeiro lugar no “Prêmio por Histórico de Realização em Música”, promovido pelo governo do Estado de São Paulo. A premiação destinou R$ 100 mil à instituição.

“Vamos além da música na escola, pois ali não formamos só músicos para a orquestra, já que nem todos seguem carreira. Formamos público”, diz o maestro e diretor artístico Paulo de Paula. “Essa integração com a sociedade é o que faz a nossa orquestra crescer. A cidade se sente representada.”

Segundo ele, 200 crianças e jovens são atendidos gratuitamente na escola de música da instituição. “Foi muito importante para as famílias mantermos as aulas, por vídeo, este ano. A música ajudou muita gente na pandemia.”

Essa matéria faz parte do hotsite “Viva Indaiatuba” que o ACidade ON produziu em comemoração os 190 anos da cidade que acontece na quarta-feira, dia 9 de dezembro. Clique aqui e confira todas as matérias produzidas para a data!

Em 2020, a orquestra fez dez apresentações pelo YouTube, sendo a última delas com os músicos reunidos no palco pela primeira vez após oito meses. O maestro comenta que, antes do coronavírus, a orquestra já esgotava ingressos em concertos clássicos, no teatro, e chegava a mais segmentos com apresentações em parques, incluindo repertório popular. Uma variedade que vai de compositores brasileiros ao rock, e até trilhas de filmes, séries e jogos de videogame, voltadas ao público geek.

Paulo avalia que fazer as apresentações virtuais foi um desafio técnico, com gravação de cada músico em casa e depois edição do material. Apenas com a fase verde do Plano São Paulo de combate à pandemia, os músicos se reencontraram em um palco no dia 22 de novembro, para uma live. Pouco depois, o Estado voltou à fase amarela.

Em 2021, o grupo continuará o trabalho e em temporada dupla: em concertos clássicos e de repertório popular, sejam presenciais ou virtuais. “Não sabemos ainda como vai ser, mas a tendência é de uma retomada gradativa, talvez até com público menor”, afirma.

Atual regente da Orquestra Jovem, Felipe Oliveira diz que concertos virtuais também fizeram parte do projeto este ano. “Na Jovem, o músico ganha experiência. Nós temos um tempo de ensaio maior, é outro entendimento, mas fizemos concertos digitais. Uma apresentação a cada dois, três meses.”

Oliveira conta que deve sua evolução como músico à própria Orquestra Jovem, para a qual retornou agora no comando, a convite do maestro Paulo de Paula. “É uma maneira de retribuir o que a cidade me ofereceu”, afirma.

O músico, hoje com 30 anos, começou a tocar violino no Projeto Guri e foi para a Orquestra Jovem no final de 2004. Formou-se em música na Capital e participou da Orquestra da Câmara da USP (Universidade de São Paulo), onde ainda atua como spalla, uma função de liderança entre os músicos. É também regente da Orquestra Filarmônica de Patos de Minas (MG).

Fonte: ACidade On

 

Compartilhe.

Deixe uma resposta