Música, teatro e inserções de vídeo serão elementos utilizados para relembrar as sete décadas do grupo, completadas no dia 30 de janeiro
A fundação do grupo por Monsenhor Nazareno Magi, os desafios para criar uma harmonia, a debandada de músicos com a inserção de músicas cantadas em português e a adesão de mulheres. Estes são alguns dos capítulos dos 70 anos de trajetória do Coro Santo Antônio, de Americana, que serão lembrados na noite desta terça-feira em um concerto especial no Teatro Municipal Lulu Benencase.
Música, teatro e inserções de vídeos serão elementos utilizados para relembrar as sete décadas do grupo, completados no dia 30 de janeiro. “Se for contar tudo o que a gente fez levaria três dias encenando”, brinca Luiz Sasseron, coordenador e coralista do grupo.
O evento vai começar com uma passagem teatral que mostra como monsenhor
Nazareno Magi teve a ideia de criar o coro e os primeiros ensaios. “Vai começar cantando só com homens algumas músicas em latim. A gente vai fazer o hino do centenário de Americana, com o qual ganhamos concurso, até chegar [no período]com voz feminina, que é hoje”, explica Sasseron.
Com o Concílio Vaticano 2º, rmado em conferência realizada entre 1962 e 1965, as missas passaram a ser rezadas na língua de cada país – antes eram celebradas sempre em latim. A mesma medida foi adotada pelos coros.
“Quando passou de latim para a língua do país de origem, houve uma debandada no coro. Ficamos sem chão e sem música. Então, o que se cantava: tudo baseado em Salmos. Tudo uníssono, em uma voz só. Então, a gente faz essa cena também, cantando em oito. A maior parte desses oito é quem estava na época, inclusive eu sou um deles”, revela o coordenador.
Ele conta que, passado um tempo, o grupo musical voltou a car com mais membros, mas nunca deixou de cantar em missas. O show também irá contar com participações especiais da Banda Municipal de Americana Monsenhor Nazareno Maggi, Corda Coral de Americana, Coro InCantus e Coro Vocalis. “Vamos cantar o ‘Salmo 150’, de Ernani Aguiar, e o ‘Sanctus’, de Camargo Guarnieri. Ambas em Latim. As duas peças são constantes no repertório do InCantus”, conta Eduardo Lustosa, regente do InCantus.
Já o Vocalis vai trazer “Cio da Terra”, de Chico Buarque e Milton Nascimento, e “Tourdion”, de Pierre Attaignant, uma peça francesa renascentista, adianta o regente Adilson Grombadi. “Cada coro vai cantar duas músicas e depois a gente vai terminar com a banda e os quatro coros juntos”, explica Sasseron.
Fonte: O Liberal