Maestro João Carlos Martins faz nova apresentação em Brumadinho – MG

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Três anos depois do Concerto da Gratidão, o maestro João Carlos Martins volta a Brumadinho para se apresentar no Concerto da Comunhão, que será realizado no dia 10 de setembro, às 20h, no Estacionamento Central.

O Concerto da Comunhão é um evento cultural gratuito promovido pela AVABRUM e pelo Projeto Legado de Brumadinho e conta com o apoio da Prefeitura Municipal e tem por objetivo incentivar a união entre as pessoas para a construção de novos tempos.

Em 2019 o maestro emocionou a cidade no Concerto da Gratidão quando homenageou o trabalho do Corpo de Bombeiro no resgate de sobreviventes e nas buscas de corpos de vítimas fatais do rompimento da barragem de rejeitos da Mina Córrego do Feijão.

Martins lembra que a ida a Brumadinho, em 2019, foi uma experiência muito marcante. À época, 48 pessoas não haviam sido encontradas após o rompimento do reservatório de rejeitos, que é de propriedade da mineradora Vale. Mais de três anos e meio após a tragédia, ainda não foram localizados os corpos de 4 “joias”: Maria de Lurdes da Costa Bueno, Nathália de Oliveira Porto Araújo, Tiago Tadeu Mendes da Silva e Cristiane Antunes Campos.

No Concerto da Comunhão, o maestro realizará solos ao piano e, em algumas músicas do repertório, será acompanhado pela Orquestra de Câmera Inhotim, que foi fundada em 2019 pelo maestro César Timóteo e reúne jovens oriundos de projeto socioeducativo de Brumadinho, Sarzedo, Mário Campos e região. A música será o elo afetivo para transmitir uma mensagem de solidariedade e perseverança às famílias de 272 pessoas mortas na tragédia.

Há mais de 50 anos o maestro vive uma história de muitas lutas para tocar piano. O maestro é exemplo de que, assim como a arte não pode parar, ninguém deve abrir mão de suas missões ao longo da vida. Reconhecido internacionalmente, a trajetória de João Carlos Martins apresenta vários capítulos de superação de adversidades. Martins sofreu várias lesões nas mãos: quedas no esporte quando jovem, foi golpeado na mão direita com barras de ferro em um assalto quando tinha 55 anos e, ainda, uma doença afetou os movimentos da mão esquerda. A partir de 2019, passou a usar luvas biônicas que permitem ao maestro inspirar pessoas e organizações a enfrentar grandes desafios. O lema do maestro é nunca desistir e fazer das lutas um meio para superação.

É também um incentivo para a ressignificação do passado de modo a abraçar os desafios do presente, lembrando a lentidão das empresas mineradoras para eliminar barragens como as de Brumadinho, a existência de 63 barragens em situação de alerta ou emergência declarada em todo o País e o fato de que, só em Minas Gerais, 20% das grandes barragens de rejeitos não têm estabilidade atestada, segundo dados da Agência Nacional de Mineração (ANM).

Fonte: AVABRUM

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