Maestro João Carlos Martins apresenta o concerto Os Grandes Clássicos

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A pandemia obrigou o cancelamento de todos os eventos culturais com presença de público, o que obrigou os artistas a migrarem para a internet em apresentações virtuais. Não foi diferente com o maestro João Carlos Martins e a Bachiana Filarmônica SESI-SP, que tem realizado concertos memoráveis, sempre ‘esgotados’, como costumam ser os eventos presenciais.

Realizado com o patrocínio do Bradesco, através da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério do Turismo, o concerto, que acontece em 10 de novembro, às 20h30, e será transmitido através dos canais do maestro e da rádio Alpha FM no Facebook e YouTube, comemora a marca de 1 milhão de espectadores – alcançada e ultrapassada em concerto dedicado aos grandes temas da Broadway e do cinema – em suas lives durante o período de isolamento social, em uma apresentação com as 10 músicas mais marcantes para ele nesse período.

O maestro, que recentemente foi destaque na imprensa nacional e internacional com um vídeo publicado em seu Instagram, que ultrapassou 20 milhões de visualizações e foi compartilhado por personalidades como a atriz norte-americana Viola Davis, começa a noite regendo uma das mais conhecidas peças do repertório orquestral, Eine Kleine Nachtmusik (Uma Pequena Serenata Noturna), de W.A. Mozart, que, embora nunca tenha sido levada a público por seu compositor, é sua obra mais executada.

Uma das sinfonias mais fortes do repertório clássico, a Sinfonia nº 5, de L.V. Beethoven, segue impactando o público sempre que são ouvidas suas quatro notas iniciais. Martins apresenta Allegro com brio, o primeiro movimento desta peça também conhecida como Sinfonia do Destino, considerada um “monumento” da criação artística.

Algumas trilhas são verdadeiras identidades sonoras das películas e imediatamente reconhecidas quando se ouvem seus primeiros acordes. É o caso de Tara’s Theme, composição de Max Steiner (1936) como tema principal do filme E O Vento Levou, que dá sequência ao concerto.

A soprano Anna Beatriz Gomes, parte do time de talentos descobertos por Martins, interpreta a ária A Rainha da Noite, da ópera A Flauta Mágica, de W.A. Mozart. A personagem Rainha da Noite é a vilã da história, que representa as conturbadas relações de poder e subordinação da sociedade da época e a legitimidade dos aristocratas e das tiranias.

A ária mais conhecida do compositor Giácomo Puccini, Nessun Dorma, do último ato da ópera Turandot, refere-se à proclamação da princesa Turandot determinando que ninguém deve dormir: todos passarão a noite tentando descobrir o nome do príncipe desconhecido, Calaf, que aceitou o desafio. Imortalizada na voz de Luciano Pavarotti, será interpretada pelo tenor Jean William, que já encantou multidões cantando esta e outras árias.

A telona é tema também da participação do tenor Jean William nesta noite especial, com sua interpretação para o clássico New York, New York, composto por John Kander e Fred Ebb como tema do filme lançado em 1977 e dirigido por Martin Scorsese, que desde então se tornou a “marca registrada” da atriz Liza Minnelli, estando presente em todos os seus shows, e que em 1979 ganhou outra versão, também um clássico, na voz de Frank Sinatra.

O maestro, que com suas luvas extensoras voltou a tocar o piano com os 10 dedos após mais de 20 anos, assume o instrumento que o consagrou mundialmente, em interpretações de temas de filmes: Em Algum Lugar do Passado, composto por John Barry para o filme de 1980, com a direção de Jeannot Szwarc e estrelado por Christopher Reeve, Jane Seymour e Christopher Plummer, e Cinema Paradiso, de Ennio Morricone, compositor de mais de 70 trilhas pra o cinema, entre elas todos os filmes de Giuseppe Tornatore, desde Cinema Paradiso, pela qual recebeu o Bafta, prêmio da Academia Britânica de Cinema.

Como tudo que é bom dura pouco, o concerto/live se encerra com o choro Tico-tico no Fubá, de Zequinha de Abreu, cujo centenário foi comemorado em 2017. Mundialmente conhecido através da versão de Carmen Miranda no filme Copacabana (1947), com participação de Groucho Marx, o Tico-tico de Abreu foi gravado por inúmeros intérpretes, como Ademilde Fonseca e Ney Matogrosso, e em versões instrumentais, da Orquestra Colbaz, das duplas Pixinguinha & Benedito Lacerda e Garoto & Carolina Cardoso de Menezes, além da gravação do virtuoso acordeonista Sivuca.

 

 

 

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